terça-feira, 30 de outubro de 2012

*QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE*

O homem é um ser atormentado. Dentre os seres vivos conhecidos, os homens são os únicos que têm ciência da finitude de seus dias e, portanto, sofrem, e muito, com o envelhecimento. -----------------------------------------------------------------------------------O Brasil vem deixando de ser um país de jovens e, gradativamente, está envelhecendo. Tínhamos em 2008 cerca de 22 milhões de habitantes com mais de 60 anos e, nas próximas duas décadas, esse número aumentará em 70%. Urge pensar na vida após os 60! Discutir e planejar essa etapa da vida torna sua chegada mais branda, uma experiência engrandecedora.
Chegará o momento de estar com os netos, de pesar o tempo sem relógios, de viagens e bem estar. Mas poderá ser um tempo de enfermidades, de cama, quedas e hospitais. Certo é que o relógio do tempo passa para todos. ----------------------------------------------------------------------------------Para todos, a idade trará certas limitações funcionais, para muitos, será uma época de tranquilidade e descobertas. ---------------------------------------------------------------------------------- Mas o que determina um envelhecimento saudável? ---------------------------------------------------------------------------- Como viver a expectativa de uma senescência segura e sem surpresas desagradáveis? -------------------------------------------------------------------------------- Como pensar a vida aos 80 anos? (Por Thiago P.) Imagens da internet

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

*INÊS E PEDRO: QUARENTA ANOS DEPOIS*

É tarde. Inês é velha. Os joelhos de Pedro não o deixam caçar e passa o dia todo em solene toada: "Mulher que eu tanto amei, o javali é duro! Já não há javalis decentes na coutada e tu perdeste aquela forma ardente de temperar os grelhados!" Mas isto Inês nem ouve: mas só o aparelho está mal sintonizado, mas também vasto é o sono e o tricô de palavras do marido escorrega-lhe, dolente, dos joelhos que outrora eram delícias, mas que agora uma artrose tornou tão reticentes.
Inês é velha, hélas, e Pedro tem cãibras no tornozelo esquerdo. E aquela fantasia peregrina que o assaltava, em novo (quando a chama era alta e o calor ondeava no seu peito), de ver Inês em esquife, de ver as suas mãos beijadas por patifes que a haviam tão vilmente apunhalado: fantasia somente, fulgor que ele bem sabe ser doença de imaginação. O seu desejo agora era um bom bife de javali macio (e ausente desse horror de derreter neurônios). Mais sábia e precavida (sem três dentes da frente), Inês come, em sossego, Uma papa de aveia. (Encontrado em uma revista e imagens da internet)